terça-feira, 15 de setembro de 2009

In the Phantom's Wake

In the Phantom's Wake




In the Phantom’s Wake (ItPW) é uma aventura no mínimo curiosa.

Escrita em 1993 por Dale “Slade” Henson, ItPW se passa na ambientação do Thunder Rift, um tipo de “cenário curinga” que poderia ser adaptado para qualquer mundo (apesar de que extra oficialmente muitos adotaram como parte de Mystara*).

Como vocês podem observar, não o tratei como “módulo”, mas sim como “aventura”. Não existe algo oficial que especifique o que é um e o que é outro, mas o simples fato desta aventura não ter um código do tipo “letras e números”, como em T1 –The Village of the Hommlet (para 1ed AD&D) ou B2 –The Keep on the Borderlands (para BD&D) já é um indicativo pra mim. Além disso, é dito no livro que esta aventura pode ser facilmente adaptada para a 2ed do AD&D, período em que a própria empresa já não tratava mais estes livros como “módulos”, e sim “aventuras”.

Assim como outros livros lançados no mesmo ano, ItPW traz um mapa colorido e monstros de cartolina, no mesmo estilo dos que vinham na caixa preta lançada pela Grow.

A intenção destas aventuras era justamente dar um suporte para o “black box” de 1991 e ao Rules Cyclopedia (mesmo ano), então o formato das aventuras era muito semelhante àquelas do black box (lembram das dungeons de Zanzer Tem?).

Fora o mapa, os personagens de cartolina, a adaptabilidade ao 2ed e a opção de se jogar sem um mestre (um dos jogadores é o “caller”, o cara que lê os textos nos quadros cinzentos do livro), In the Phantom’s Wake tem a capacidade de ferrar imensamente o grupo, sem segunda chance.

A Aventura:

“Não a muito tempo, um vortex mágico lançou nas terras do Thunder Rift um estranho e assombrado navio de outro lugar e época. Um navio assombrado, má sorte para os que o vêem.
O grupo nunca quis ver este navio, muito menos subira a bordo. Contudo, o astrolábio místico que eles encontraram deve ter sido muito poderoso - pelo menos o suficiente para mandá-los até aqui. É uma pena que está sumido, agora. Irão os heróis achar uma maneira de sair do navio assombrado, ou estarão condenados a velejar por mares estranhos para sempre?”

Bom, a indicação de níveis par a aventura é de 4-6 personagens de 3-5 nível, o que se vocês bem lembram, é o limite para o black box. A presença de um clérigo pode ser algo importante...ou não.

O negócio é que a aventura tem uma pegadinha: o navio Hollandes é assombrado pelos ex-tripulantes, agora transformados em mortos-vivos como esqueletos, zumbis, ghouls e múmias (?!?!). Se o grupo não estiver equipado com algumas armas mágicas, terão bons momentos de “retirada estratégica”.

Fora os mortos-vivos, existem armadilhas do tipo “se você fez, ta morto”, que não são minhas favoritas, mas como Gary Gygax deixa bem claro em Tomb of Horrors, os jogadores devem ser cautelosos e não sair metendo a mão em qualquer coisa. Ou lugar.
Alguns monstros mais casca-grossa como um wraith e um espectro também aguardam os pobres aventureiros.

“Ok, mas essa é a pegadinha?”

Bom, a pegadinha em si é (super spolier, cuidado!):
Para cada undead acima de 20 que os jogadores matam, um personagem irá ficar para trás, para substituir a tripulação perdida. Logo, se o grupo matou 23 dos 55 mortos vivos da aventura, 3 jogadores irão ficar no Hollandes, na ordem de quem matou mais.

A história do navio é contada no fim do livro, não necessariamente para os jogadores, assim como os locais que ele já apareceu no Thunder Rift.

A aventura em si é um tipo de caça ao tesouro (o astrolábio), mas se os jogadores forem do tipo “chuta porta-mata monstro-pega o tesouro”, eles ficarão muito desapontados. Com quase nenhum espaço para role play, eu diria que é um bom desafio do tipo “fugir”, já que se você optar por matar os monstros corre o risco de ficar no barco pra sempre!.


*falarei mais de Mystara, Blackmoor e Thunder Rift numa próxima postagem, aguardem!

3 comentários:

  1. A idéia da aventura é ótima, mas esse tipo de coisas que "se você fez, está morto" parece-me deixar os jogadores meio travados... o que pode não ser muito legal.

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  2. concordo! tb não é minha abordagem favorita, a menos q a proposta do jogo seja esse e todos topem!

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  3. Parece ser muito massa,tem idéia de algum lugar onde eu possa achar?E que eu tava afim de começar uma campanha de D&D 1 com inha turma e queria uma aventura diferente das clássicas dungeons que eu faço nos meus cadernos velhos.

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